Liberdade em paralaxe: sujeito e ontologia no pensamento de
Slavoj Žižek destaca-se como uma obra de profundo fôlego
conceitual, que adentra nas bases estruturais do pensamento
do filósofo esloveno. O mérito da obra consiste em compree...
Sinopse
Liberdade em paralaxe: sujeito e ontologia no pensamento de
Slavoj Žižek destaca-se como uma obra de profundo fôlego
conceitual, que adentra nas bases estruturais do pensamento
do filósofo esloveno. O mérito da obra consiste em compreender
o pensamento do filósofo sobre um eixo principal: a ideia de
liberdade em paralaxe. A paralaxe, no campo da astronomia,
implica no deslocamento aparente de um objeto em decorrência
da mudança do ponto de vista do observador. Mas
com Žižek, a paralaxe vai além disso. Ela implica em um
corte real nas configurações simbólicas e imaginárias que
asseguram a consistência interna do objeto, e para além dele,
na consistência do próprio observador. Noutros termos, a
paralaxe é um efeito de deslocamento que destitui as coordenadas
fundamentais que sustentam a autoidentidade tanto
do sujeito como do objeto. Liberdade em paralaxe significa,
portanto, pensar uma liberdade que extrapola a dimensão
subjetiva para tocar numa ancoragem ontológica, real, entendida
como uma fissura no próprio tecido da realidade
fenomênica. Logo, para Žižek, sujeito, ontologia e liberdade,
só podem ser conjugados nos termos de uma visão em paralaxe.
Número de Páginas
348
Formato
14x21cm
Ano de Publicação
2024
Área
Filosofia
Samba de uma nota só…
Liberdade desde Kant
Ciência e liberdade
Ontologia e liberdade
Subjetividade e liberdade
Política e emancipação
1. LIBERDADE NATUREZA (IN)HUMANA
1.1 Prólogo
1.2 Em defesa da natureza humana
1.3 Vanguardas modernas da filosofia
1.4 Esclarecimento e barbárie
1.5 Modernidade: um projeto inacabado
1.6 O fim da natureza humana
1.7 Repetir Kant
1.8 A guinada transcendental kantiana e suas consequências
1.9 Condição de impossibilidade como condição de possibilidade
1.10 O limite da liberdade na dimensão transcendental
1.11 Heidegger e a questão da técnica
1.12 Ultrapassar Kant
1.13 Do perigo heideggeriano ao isso freudiano
1.14 Em defesa de uma natureza inumana
1.15 Liberdade e natureza inumana
2. LIBERDADE COMO FENDA ONTOLÓGICA: DO IMPASSE EPISTEMOLÓGICO À CONDIÇÃO ONTOLÓGICA POSITIVA. OU: DE KANT A HEGEL
2.1 Prólogo
2.2 Liberdade: esse Fecho de Abóbada
2.3 Kant entre o Impossível-a-acontecer e o Real-que-acontece
2.4 O impasse da liberdade
2.5 Paralaxe kantiana
2.6 Paralaxe hegeliana
2.7 Do bloqueio epistemolo´gico a` condição ontolo´gica positiva
2.8 Impasse como liberdade
2.9 Raza~o e Aufhebung
2.10 “A ferida é (sempre-já) a sua própria cura” ou “A absoluta imanência da transcendência”
2.11 Sujeito: esse mediador evanescente
2.12 Não só como substância…mas também como sujeito
3. LIBERDADE COMO (RE)APROPRIAÇÃO DO GOZO
3.1 Prólogo
3.2 O formalismo ético de Kant
3.3 O objeto da moral kantiana
3.4 A dor como único sentimento transcendental
3.5 Kant com Sade
3.6 Um gozo para além do princípio do prazer
3.7 Jouissance: o prazer-na-dor
3.8 L’objet petit a
3.9 Travessia da fantasia: identificação com o objeto a
3.10 “A vítima e o carrasco” ou “O sujeito e o objeto”
3.11 Superego, lei e transgressão
3.12 Kant sem Sade
4. POR UMA POLÍTICA EMANCIPATÓRIA
4.1 Prólogo: a era pós-política
4.2 O mundo pós-ideológico
4.3 Biopolítica pós-política
4.4 O fim da história na filosofia pós-metafísica
4.5 Sincronia vs. Diacronia
4.6 O núcleo teológico-materialista da história em Benjamin e Žižek
4.7 Por uma luta de classes sem derramamento de sangue
4.8 A política revolucionária de Bartleby
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS