Este livro traz contribuições pouco conhecidas sobre as iniciativas assumidas pelo Estado em estabelecer o domínio sobre os computadores “eletrônicos” em contextos tão distintos quanto os governos democráticos de Juscelino Kubitscheck e a Ditadura Civi...
Sinopse
Este livro traz contribuições pouco conhecidas sobre as iniciativas assumidas pelo Estado em estabelecer o domínio sobre os computadores “eletrônicos” em contextos tão distintos quanto os governos democráticos de Juscelino Kubitscheck e a Ditadura Civil-Militar. Resultado das pesquisas acadêmicas dos autores sobre o tema, com apoio do CNPq, Unesp e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, o livro discute os interesses do Estado em inserir as tecnologias computacionais a partir do Grupo Executivo para Aplicação de Computadores Eletrônicos (Geace) para guiar das decisões do Plano de Metas (1958-1962) e a criação do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), voltado especialmente para solucionar o problema de arrecadação de impostos do país. Tais experiências voltadas à construção de um Estado moderno, tiveram repercussão na construção de expertises que se refletiriam nas décadas seguintes na busca pela autonomia tecnológica.
Número de Páginas
316
Formato
14x21cm
Ano de Publicação
2022
Área
Metodologia de Pesquisa
1. Processando o surto do desenvolvimentismo – as primeiras iniciativas do governo no campo da informática
1. Os cérebros eletrônicos
2. O espaço da técnica e do “computador eletrônico” no Plano de Metas
2.1 A administração “paralela”
2.2 Opção pela importação de tecnologia
3. Grupos para aplicação de computadores, agentes e expertises
3.1 GTAC e Geace – objetivos e composição
3.2 Características dos agentes do GTAC/Geace
3.2.1 Os militares e seus espaços de saber
3.2.2 Os especialistas estrangeiros: Helmuth Schreyer e Theodoro Oniga
3.2.3 Os civis
4. Idealização de um CPD de Governo pelo GTAC
5. O Geace em ação
5.1 O CPD de Governo – diretrizes e primeiros cursos
5.2 O curso de pós-graduação – formação de “tripulações” para CPD
6. Os limites da expertise – as ações do Geace em prol de um Centro de Processamento de Dados
6.1 Normas para projetos e o início do isolamento do Geace
6.1.1 O poder da IBM
6.1.2 A modalidade de locação de equipamentos
7. A questão IBGE e o Univac 1105
7.1 O convênio IBGE-Geace-MEC e o CPD de Governo que não funcionou
7.1.2 O efêmero CPD de Governo e o “elefante branco da Praia Vermelha”
7.1.3 Epílogo
7.1.4 Contraponto: um CPD eficiente – o caso da PUC-Rio
8. A última ação do Geace: I Simpósio Nacional para Computadores Eletrônicos
9. Fim do Geace
10. Conclusão: o isolamento do Geace
2. O desenvolvimento da informática no Brasil sob os primeiros governos da Ditadura Civil-Militar (1964-1970): o caso da Sucesu e do Serpro
1. Contexto
2. Os computadores a partir da Ditadura Civil-Militar
3. Sucesu: da formação ao I Congresso Nacional de Processamento de Dados (1968)
3.1 A expansão da Sucesu
4. O Serpro como fio condutor do processo de informatização brasileiro
4.1 O grupo de trabalho da FGV
4.2 A institucionalização do Serpro
5. Início das atividades
5.1 A concorrência
6. A influência da Usaid na Reforma do Ministério da Fazenda
6.1 A criação da Usaid e sua presença no Brasil no início da década de 1960
6.2 A Reforma do Ministério da Fazendo e o diálogo Usaid/FGV
7. O Serpro revoluciona a Fazenda (1968-1972)
7.1 A chegada de José Dion de Melo Teles à direção do Serpro
7.2 Modernizando o Serpro
7.3 A fiscalização eletrônica
7.4 O Cadastro Geral de Contribuintes
Considerações finais
Referências