A questão da sinistralidade laboral e suas repercussões na relação capital/trabalho, intermediada pelo Estado, é o fio condutor que interliga as discussões abordadas neste livro, com enfoque especial nos casos ocorridos durante a ditadura militar e seu...
Sinopse
A questão da sinistralidade laboral e suas repercussões na relação capital/trabalho, intermediada pelo Estado, é o fio condutor que interliga as discussões abordadas neste livro, com enfoque especial nos casos ocorridos durante a ditadura militar e seus impactos sobre a classe trabalhadora brasileira. Assim, constata-se que a promoção do “desenvolvimento com segurança”, meta-síntese do regime, tinha um limite claro: a saúde, a integridade física e mental, a sobrevivência dos trabalhadores, reais construtores do “milagre” econômico brasileiro. Partindo da concepção de que os acidentes e doenças decorrentes do trabalho são o auge do processo de exploração do labor e a maior violência contra os corpos e mentes de quem vive do trabalho, o estudo percorre momentos distintos no interior do mesmo processo: ocorrência, contabilização e divulgação dos sinistros, que tiveram aumento exponencial durante o período ditatorial; respostas dadas pelo regime para sanar o problema por meio de políticas que buscavam incutir o “espírito prevencionista” no trabalhador nacional; reabilitação profissional, política previdenciária criada para recuperar os corpos incapacitados para/pelo trabalho, a fim de devolvê-los ao mercado.
Número de Páginas
460
Formato
16x23cm
Ano de Publicação
2019
Área
História
Capítulo 2: O desgaste: exploração e incapacidade para o trabalho durante a ditadura empresarial-militar brasileira
Capítulo 3: A ideologia da prevenção e culpabilização do trabalhador frente aos índices de acidentes de trabalho no Brasil
Capítulo 4: A recuperação dos corpos para o capital: Previdência, saúde e Reabilitação Profissional no Brasil
Capítulo 5: A recuperação dos corpos para o capital: o caso do CRP-João Pessoa.