A ausência das mulheres em alguns espaços foi vinculada, tradicionalmente, com a incapacidade, a inferioridade, a imaturidade, o defeito, a carência ou a impotência e, portanto, esse lugar ficou marcado como aquele em que as mulheres não devem estar e ...
Sinopse
A ausência das mulheres em alguns espaços foi vinculada, tradicionalmente, com a incapacidade, a inferioridade, a imaturidade, o defeito, a carência ou a impotência e, portanto, esse lugar ficou marcado como aquele em que as mulheres não devem estar e esse tem sido o mandato histórico, visto como justo. Então, de forma paradoxal, não será acaso a maior transgressão ocupar o lugar proibido, o lugar do sujeito, o ponto de inflexão que faz da resistência o espaço do qual emergirá o reconhecimento de um sujeito (mulher) político, ético, filosófico, legal, de direito e de necessidade?” (Femenías, 2000, p. 90). Nesse sentido, a presente obra se traduz em um esforço de evidenciar como as docentes se constituem sujeitos femininos de saber, em um lugar majoritariamente masculino, ou seja, como elas interagem com as dinâmicas de gênero do campo teológico, como resistem e como se produzem eticamente, no sentido de uma afirmação positiva do feminino, que opera como contra memória ao feminino pejorativo, produzido pelos discursos da teologia católica tradicional.
Número de Páginas
136
Formato
14x21cm
Ano de Publicação
2019
Área
Ciências Sociais
Capítulo 1: O vivido como arte: uma ação inventiva e política de si
Capítulo 2: Projetando a “obra de arte”: a teologia como caminho do devir sujeito feminino
Capítulo 3: Produzindo as ferramentas para esculpir a “arte”: relações de gênero na formação acadêmica
Capítulo 4: Pelas brechas “esculpir a arte”: dinâmicas de inserção na docência
Capítulo 5: (Re)modelando a “arte”: relações de gênero e subjetivação ética
1. Dinâmicas de gênero na relação com os estudantes
2. Dinâmicas de gênero e subjetivação ética na relação com seus pares professores
3. Ser mulher ou homem na docência: pesos e medidas diferentes
4. A teologia produzida pelas docentes: perspectivas, relações e reações
Capítulo 6: Sentidos da “arte”: a docência como processo de subjetivação
1. A teologia como lugar de ressignificação de discursos e de reinvenção de si