No momento histórico que concebo este livro, não encontrei nada mais interessante para descrever o presente da filosofia política do que o livro Crítica da Razão Negra (2018), de Achille Mbembe. O título do livro em análise, nesta obra, pode ser consid...
Sinopse
No momento histórico que concebo este livro, não encontrei nada mais interessante para descrever o presente da filosofia política do que o livro Crítica da Razão Negra (2018), de Achille Mbembe. O título do livro em análise, nesta obra, pode ser considerado um desses enunciados que vem para estabelecer ruptura, ao mesmo tempo que é profundamente irônico quando propõe tal análise. O desafio enfrentado pelo autor desse enunciado reside em adotar uma postura crítica frente ao modelo epistemológico apresentado, e largamente apreendido, nos espaços de discussões intelectuais normalmente consagrados. A profundidade irônica reside no fato de tomar um desses baluartes incontestes da cultura acadêmica ocidental, Crítica da Razão Pura (2001) de Immanuel Kant, sem medo de trazer à luz o que há de obscuro, anunciar que ligado a isso há uma “razão negra” que deve ser analisada. O devir-negro do mundo e os caminhos do fazer político do ocidente, também, são nossa busca quando analisamos a obra do filósofo camaronês, e minha expectativa é a de fornecer mais uma perspectiva hermenêutica de análise dessa obra contemporânea traçando os paralelos que possam auxiliar na compreensão.
Número de Páginas
212
Formato
14x21
Ano de Publicação
2022
Área
Ciências Sociais
CAPÍTULO 1
“A PARTIR DO CRÂNIO DE UM MORTO”: TRAJETÓRIA DE UM PENSADOR FORJADO PARA FILOSOFAR A POLÍTICA DE SEU TEMPO
1.1 O filósofo e seu tempo
1.2 A que propósito escolher Crítica da Razão Negra para análise nesta obra?
1.3 Referencial teórico da Crítica da Razão Negra
1.4 A orla do século e a luta pela superação da supremacia branca
CAPÍTULO 2
ARQUITETONICA: DO SUJEITO RACIAL À RAZÃO NEGRA
2.1 Conjunto originário da razão negra
2.2 A raça como fundamento do conjunto originário
2.3 O negro como sinônimo de raça
2.4 A razão negra
CAPÍTULO 3
O DEVIR-NEGRO-DO-MUNDO: ALTEROCÍDIO COMO BASE PARA EXTENÇÃO DA CONDIÇÃO NEGRA
3.1 A justificativa liberal para a escravidão e os pressupostos ocidentais da condição negra
3.2 O devir-negro do mundo uma categoria da filosofia política contemporânea
3.3 O propósito da anulação da humanidade do negro, o triunfo da revolução do Haiti e o castigo
3.4 Altericídio: consequência da razão negra e o devir-negro do mundo
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS